Info Fresquinha

quinta-feira, 20 de abril de 2017

VIDA (Life, EUA, 2017)

Bom… Já li em alguns lugares que as pessoas não gostaram muito de Vida, mas até relevo porque filmes de ficção não são tão queridos assim, visto que na Netflix são os títulos menos relevantes (ao menos o que aparece para mim). Alien é um clássico e tem seu lugar, mas de resto, ficções sempre são alvo de controvérsias e com Vida não foi diferente, o que é uma pena, porque é um filme bem legal e tenso, apesar da história clichê. Fazia tempo que não via um filme de ficção de verdade, desses que não tem que fazer sentido, nem pensar demais, como Interstellar ou Perdido em Marte. Vida é um filme de monstro e ponto final, não tem que fazer sentido, logo, não fique buscando nada profundo, abra a cabeça e curta um filme de terror/ suspense de ótima qualidade.

Uma estação espacial próxima a Terra acaba resgatando uma sonda que vem de Marte com amostras do solo; e logicamente curiosos e idealista que são os seres humanos, os seis astronautas da estação tentam trazer à vida um organismo unicelular presente na amostra. O cientista Hugh (Ariyon Bakare), consegue depois de vários testes, reanimar o organismo que foi carinhosamente apelidado de Calvin, só o que não se esperava era que Calvin, de organismo unicelular, passasse a um bicho forte e inteligente, com um instinto de sobrevivência fenomenal. Aos poucos os astronautas se veem encurralados na gigante estação, sem comunicação com a Terra e com diversas avarias. E agora? O que será que Calvin pode querer?? Quem mandou serem curiosos? A partir daí é ladeira abaixo, muita correria, stress, tensão e muito susto. Calvin cresce de maneira assustadoramente rápida e tenta sobreviver a todo qualquer custo.

Vida é um filme rápido, com um grande elenco, com nomes como Ryan Reinolds e Jake Gyllenhaal, além da minha paixonite Hiroyuki Sanada (nunca vi nada ruim com ele. Sem mais!!). Mas nenhum personagem se destaca mais que outro, nem é desenvolvido profundamente, afinal Vida não é um dramalhão de existência humana, é um filme de monstro mesmo, e entrega o que prometeu, muito suspense e terror. E aqui não tem mimimi, é tensão até o minuto final. Infelizmente não tem cena após crédito, porque cabia viu??? Nooooossa… Fiquei com aquele gosto de quero mais e quero agora. Se você que estudar e pensar no universo, assista Interstellar, mas se você quer se divertir e tomar susto, assista Vida, que é bem mais interessante, uma excelente ficção de terror que não faz o menor sentido e isso que é legal!! Sem mais!!

PAIXÃO OBSESSIVA (Unforgettable, EUA, 2017)


Fui ao cinema ver um belo filme de suspense e me deparo com um filme feito para TV, daqueles dignos de sábado à noite, daquele canal famoso da TV aberta. Paixão Obsessiva tem um trailer muito bom, tenso, apesar de uma história clichê, que nos lembra muito Atração Fatal, clássico de 1987 que contava com ninguém menos que Glenn Close no papel de vilã. Desculpa Katherine Heigl, mas não deu para você. Infelizmente depois que Heigl saiu de Grey’s Anatomy não fez nada memorável, se tornando uma típica mocinha de comédias românticas sem sal. Aqui ela até se sai bem como vilã, mas ainda precisa caminhar muuuuuito. E ainda me pergunto porque Rosario Dawson resolveu estar no elenco… Acho que nunca saberemos.
Julia Banks (Rosario Dawson) está tentando reconstruir a vida após um relacionamento abusivo, tendo uma vida sossegada com o empresário David Connover (Geoff Stults). Quando o casal resolve juntar as escovas de dente, a ex de David, Tessa Connover (Katherine Heigl) que no começo se mostra bem compreensiva, aos poucos vai invadindo a privacidade da nova família. Usando de diversos artifícios, Tessa muitas vezes influencia o comportamento de Julia e faz com que David duvide da nova companheira. Extrapolando todos os limites Tess vasculha o passado de Julia, transformando o paraíso num verdadeiro inferno. Essa é a premissa do filme que é bem simples: ex-obcecada tocando o terror.

Confesso que achei o filme meio lento e arrastado, mas dá pra assistir tranquilamente os 100 de projeção. Não entendi o motivo de estrear nos cinemas, porque realmente parece um filme feito para televisão. A personagem Tess é inteligente, mas muito caricata, robotizada, até no andar parece uma boneca. Temos a participação especial de Cheryl Ladd como mãe de Tessa que não disse a que veio, apenas mostra que a filha é cópia da mãe, mas é algo absolutamente desnecessário. Ahh e o final, o que dizer do final?? Acho que tentaram fazer algo diferente mas ficou completamente sem nexo e surreal. Só quem passou por um relacionamento abusivo entende como é a dinâmica e o rotina estressante que se torna a vida. Paixão Obsessiva não consegue passar de uma enorme caricatura com um final que chega a ser ridículo, sendo um filme mediano, daqueles digno de um canal de TV medíocre.