Info Fresquinha

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

UM LINDO DIA NA VIZINHANÇA (A Beautiful Day in the Neighborhood/ Filme, 2019 / EUA

Quando vi o trailer de Um Lindo Dia na Vizinhança o olho já suou um pouco, fiquei na expectativa e nem esperei chegar no cinema, assisti logo (sim, sou ansiosa) e me deparei com um dos filmes mais fofos que já vi na vida. Minha nossa "sinhora" das fofuras fofuxas, me apaixonei e tento de alguma forma trazer para o meu cotidiano algumas das lições presentes no longa. Eu que sou avessa a rever filmes, assistiria novamente, bem feliz. Um Lindo Dia na Vizinhança que tem estreia marcada nas bandas de cá para dia 23/01. E Tom Hanks concorre ao Oscar 2020 de melhor ator coadjuvante (embora roube toda a cena). 

Um Lindo Dia na Vizinhança conta a história da inusitada amizade entre um jornalista e o ícone infantil Fred Rogers que comandou, entre 1968 e 2001, o programa Mister Roger's Neighborhood que travava de forma lúdica diversos temas, inclusive morte e divórcio. No filme o jornalista cético e mau humorado  Lloyd Vogel (Matthew Rhys) é escalado para fazer uma matéria sobre Rogers e acaba adentrando em seu mundo "perfeito". O que Vogel não esperava era que Rogers realmente fosse essa figura simpática, cativante, acolhedora e gentil dentro e fora da TV, aos poucos Vogel descobre uma nova maneira de ver o mundo e encarar os problemas. 

O filme retrata mais o contexto do jornalista e sua mudança de perspectiva, mas não tem jeito, Tom Hanks é o cara e sempre fica em destaque, mesmo interpretando um senhorzinho de voz lenta que não tem nada de herói, mas que se esforça, diariamente, para ser sempre alguém melhor.

Filme linear, sem grandes reviravoltas, que segue o fluxo natural das relações humanas, novas perspectivas e descobertas. MUITO FOFO de assistir, além de ser lindamente produzido com cores opacas, e muito jogo de câmera para nos inserir na época em que se passa. Lindamente lindo, fofo, e cheio de coisas positivas sendo aquele filme para você se sentir bem. FOFO, apenas!!!








quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

PERDI MEU CORPO (J'ai perdu mon corps / Animação / FRA / Netflix, 2019)

 "FIND YOURSELF"

Hoje vamos de animação, mas nada infantil ou fácil de assistir, vamos de França com Perdi meu Corpo, que venceu a mostra da Semana da Crítica no Festival de Cannes e o Festival de Annecy (o “Cannes da animação”), e tem 96% de aprovação no Rotten Tomatoes. Sem nenhum hype por aqui, Perdi meu Corpo chegou na Netflix em novembro do ano passado e confesso que dei play sem fazer ideia do que me esperava. Traçado simples, porém bem realista, com closes bem legais. A animação conta uma história em partes, Naoufel em sua vida e passado e uma mão tentando se achar.


Naoufel é um jovem perdido no mundo que está em busca do seu caminho e de se completar de alguma forma. Entregador de pizzas, ele conhece Gabrielle, por interfone, em uma de suas entregas e meio que acaba se apaixonando por sua voz e seu jeito atencioso, levando-o ao seu momento "stalker" que não é por maldade, e sim uma tentativa desesperada de se aproximar (não, NÃO, NÃÃÃO estou romantizando perseguições) e se conectar. Entre o romance de Naoufel e Gabrielle vamos vendo a mão em diversas situações desesperadoras também tentando se conectar. 

 Perdi meu Corpo é uma animação singela, emocionante e linear, não vá esperando grandes reviravoltas, vilões, nada disso, é sobre a vida adulta e os caminhos que escolhemos trilhar. Mas seriam caminhos escolhidos ou traçados pelo destino, sem direito a mudanças? Muito lindinha, introspectiva e com uma trilha sonora marcante, Perdi meu Corpo é uma lição sobre mudanças, escolhas, sendo conduzida de forma muito natural, com roteiro coescrito em parceria com Guillaume Laurant, autor do cultuadíssimo “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, logo não poderiamos esperar menos que muitas emoções. Lembrando que é uma animação com classificação etária de 16 anos. 





terça-feira, 14 de janeiro de 2020

JOJO RABBIT (Jojo Rabbit, Czech Republic/New Zealand, Filme, 2020)

Época de Oscar, época de ver o mais variados filmes, inclusive aqueles que passariam batidos, mas que são simplesmente maravilhosos. Com estréia prevista ainda para fevereiro, já tive a oportunidade de conferir um dos indicados ao Oscar de melhor filme de 2020: Jojo Rabbit. Filme corajoso, que  trata de forma caricaturada um pouco do nazismo da 2ª Guerra Mundial. Logo de início achei a pegada bem parecida com Moonrise Kingdom e Grande Hotel Budapeste, usando de um humor peculiar e único ao contar uma história dramática. Diferente, interessante, criativo e novamente: corajoso.

Jojo Rabbit é um garoto de 10 anos que deseja entrar para o exército alemão, sendo fã de Hitler, com quem tem uma grande amizade imaginária, e é aqui que está a grande sacada do filme. Hitler imaginário, interpretado pelo também roteirista e diretor do filme: Taika Waititi, é bem caricaturado e infantil. Na sua ânsia de entrar para o exército, Jojo sofre um acidente e acaba ficando mais tempo em casa quando descobre uma judia, Elsa, escondida com a ajuda da sua mãe (Scarlett Johansson, indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante). Fanático por Hitler e acreditando que os judeus são criaturas demoníacas, Jojo fica transtornado com a presença de Elsa, mas aos poucos a relação dos dois vai se tornando uma amizade sincera. 

O filme é uma crítica ao ódio e a intolerância, criados a base de "fake news", em tempos que esse ciclo separatista está de volta. Bastante lúdico, com um elenco de apoio espetacular e crianças simplesmente fantásticas interpretando de forma genial seus personagens, Jojo Rabbit é filme obrigatório, alternando momentos de comédia e drama, trazendo uma belíssima mensagem ao longo dos 108 minutos de duração. Não sei se tem força para ganhar o prêmio de melhor filme, mas definitivamente conquistou meu coração!!!!!