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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

PERDI MEU CORPO (J'ai perdu mon corps / Animação / FRA / Netflix, 2019)

 "FIND YOURSELF"

Hoje vamos de animação, mas nada infantil ou fácil de assistir, vamos de França com Perdi meu Corpo, que venceu a mostra da Semana da Crítica no Festival de Cannes e o Festival de Annecy (o “Cannes da animação”), e tem 96% de aprovação no Rotten Tomatoes. Sem nenhum hype por aqui, Perdi meu Corpo chegou na Netflix em novembro do ano passado e confesso que dei play sem fazer ideia do que me esperava. Traçado simples, porém bem realista, com closes bem legais. A animação conta uma história em partes, Naoufel em sua vida e passado e uma mão tentando se achar.


Naoufel é um jovem perdido no mundo que está em busca do seu caminho e de se completar de alguma forma. Entregador de pizzas, ele conhece Gabrielle, por interfone, em uma de suas entregas e meio que acaba se apaixonando por sua voz e seu jeito atencioso, levando-o ao seu momento "stalker" que não é por maldade, e sim uma tentativa desesperada de se aproximar (não, NÃO, NÃÃÃO estou romantizando perseguições) e se conectar. Entre o romance de Naoufel e Gabrielle vamos vendo a mão em diversas situações desesperadoras também tentando se conectar. 

 Perdi meu Corpo é uma animação singela, emocionante e linear, não vá esperando grandes reviravoltas, vilões, nada disso, é sobre a vida adulta e os caminhos que escolhemos trilhar. Mas seriam caminhos escolhidos ou traçados pelo destino, sem direito a mudanças? Muito lindinha, introspectiva e com uma trilha sonora marcante, Perdi meu Corpo é uma lição sobre mudanças, escolhas, sendo conduzida de forma muito natural, com roteiro coescrito em parceria com Guillaume Laurant, autor do cultuadíssimo “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, logo não poderiamos esperar menos que muitas emoções. Lembrando que é uma animação com classificação etária de 16 anos. 





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