Então, gente, vamos falar desse filme polêmico que foi
Mother! Dirigido por Darren Aronofsky, diretor também de Cisne Negro; Pi, Réquiem para um sonho; entre
outros, achei o filme mais fraco dele que já assisti.
Até a metade do filme você ainda está fazendo teorias, achando isso e aquilo, mas do meio em diante ele dá um plot twist que você pensa ‘’ok, peraí’’. E daí só vai ficando mais louco e na última cena do filme você se pega falando
Beleza, essa foi minha primeira teoria partindo do
pressuposto de outros filmes que assisti de Darren Aronofsky, que sempre se
relacionam com psique e transtornos psicológicos. Mas à medida que o filme foi
ficando mais louco, eu comecei a achar que se fosse isso mesmo, se tudo não passasse de alucinação ia ser muito óbvio, não ia ter
graça. Então deixei essa teoria de lado e continuei a assistir ao filme.
Quando acabou me deu aquela sensação estranha que será
que era só isso mesmo? Temos a relação com a mãe natureza,
a história da bíblia e fiquei: tá, OK, e daí, sabe?
O primeiro casal de convidados do filme seria Adão,
que entra primeiro, depois sua mulher, Eva. E reparem que eles não entram em
qualquer lugar, e sim na casa, o templo sagrado e místico do marido.
Depois temos os dois irmãos, os quais um mata o outro, mais uma vez fazendo
menção à figuras bíblicas, Caim e Abel.
A natureza
personificada como um ser que é invadido, que não é respeitado, todos entram
nela e pegam o que querem, saem, não cuidam, destroem, agindo de forma egoísta
desrespeitando a mãe que grita pedindo que parem, mas ninguém a ouve.
Então, essa relação metafórica com a mãe
natureza eu até gostei, mas essa alegoria com a história da criação, da bíblia
eu fiquei “ATA, BELEZA." Não me
vendeu, sabe? Por isso achei o filme mais fraco de Aronofsky.
Outra crítica muito importante que estava ali presente
o tempo todo no filme, e que foi a única coisa que gostei mesmo e achei
interessante, foi a metáfora sobre a vida de pessoas famosas e sua relação
subjetiva e pessoal com a vida midiática, relação pública e venda da sua intimidade.
Se o filme tivesse dado maior destaque a isso, ao invés de uma alegoria com a
bíblia, eu teria gostado bem mais.
Temos ali a venda da intimidade: a casa do autor, sua
própria obra escrita, parte de sua vida, sendo invadida pelos fãs que querem
levar algo consigo, a forma como o autor se torna escravo da vontade dos fãs. Ele não pode simplesmente sair do quarto e andar, não
pode pedir as pessoas que vão embora. Sua comida não é mais sua, viraram coisas
que os fãs concederam para ele, que permitiram. E na mente repleta de ego do autor,
também não quer que os fãs vão embora, ele precisa deles para sobreviver.
Ou seja, vira uma relação de co-dependência, os fãs
admiram ele pelo que ele escreve e ele precisa que as pessoas que leiam o que
ele escreve para ganhar dinheiro, ficar famoso e para que mais pessoas leiam o
que ele escreve. A família ao redor da pessoa famosa, também fica à mercê
dessas relações, da exposição, de ter sua vida vendida e explorada.
Enfim, gente, no mais, achei o filme fraco. O marido e
autor dos poemas é uma bosta de homem, egoísta, até o ultimo segundo explora a
coitada da esposa. E ela vive para ele e por ele, moldou sua vida toda em
satisfazer as vontades dele e nem no último suspiro de vida teve paz: ele pediu
mais um favor a ela, favor esse que literalmente rasgou-a no peito.
Gosto muito dos filmes de Aronofsky, mas esse não deu
para salvar. Fica para próxima!
Gênero:
(x) suspense
(x) terror psicológico
(x) dark fantasy
Ficha técnica:
Direção: Darren
Aronofsky
Produção: Darren
Aronofsky, Scott Franklin, Ari Handel
Roteiro: Darren
Aronofsky
Elenco: Jennifer
Lawrence, Javier Bardem, Michelle Pfeiffer, Ed Harris
Música: Jóhann
Jóhannsson
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