Filmes de guerra definitivamente não é meu gênero favorito, tanto que só assisto quando estão indicados ao Oscar (sim sou radical desse jeito) e eles meio que se tornam meus favoritos a ganhar a premiação (ciente da contradição) por todo esmero dispensado a produção quase perfeita. 1917 não chega aos pés de Até o Último Homem (AMO 1000x), mas se mostra um filme de guerra diferente, quase em busca de paz. A história não é o foco aqui, mas sim os detalhes, as nuances, o que está por trás de toda a trajetória.
O filme abre com dois cabos: Blake e Schofield, em campo aberto a espera dos acontecimentos da guerra quando são chamados para uma missão quase impossível e suicida: levar uma mensagem a outra unidade, passando por território inimigo, a fim de parar um ataque e salvar a vida de 1600 homens, inclusive do irmão de Blake. A partir dai o filme simula um plano sequencia e segue sem interrupções a jornada dos cabos na tentativa de entregar a mensagem a tempo. Não focado na guerra em si mas na garra dos cabos em percorrer o terreno com todo tipo de perigos, o filme é muito humano e desesperador, muitas vezes claustofóbico, nos colocando tensos em diversos momentos.
A trilha sonora é uma protagonista a parte, assim como a fotografia melancólica que nos coloca dentro da época, numa experiência bem imersiva. Preste atenção nos detalhes, é nisso que o filme se diferencia, com closes sensacionais, atuações convincentes e produção impecável. 1917 é uma verdadeira obra de arte dirigida por Sam Mendes, ganhador de vários prêmios por Beleza Americana, que vale cada minuto das suas quase 2h de duração. Um filme de guerra que na verdade está em busca de harmonia e paz, indicado a 10 categorias no Oscar 2020, inclusive de melhor filme. Assiste que vale a pena, e olha que a pessoa que vos escreve nem gosta de filmes de guerra!!! Confia e vai, só vai!
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