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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Atypical (Netflix, EUA, 2017)

Nunca me convidaram (não sabem o que estão perdendo), mas eu suspeito que inovação deve ser a palavra de ordem na mesa de reuniões da Netflix quando estão discutindo as séries que vão produzir. Series audaciosas como Sense8, The Sinner, The OA entre outros sucessos estão aí para apoiar minha suspeita. Mas que tal falar de algo menos estourado, mais delicado e bem atual? 

Não consigo dizer que Atypical é só sobre um adolescente no espectro autista e sua jornada no mundo dos relacionamentos amorosos e pela sua independência, é muito mais que isso. É sobre família, sentimentos, concessões, coisas ditas e principalmente sobre as coisas não ditas. Daí você pode estar pensando, “Nossa que drama!!”, pasme, Atypical é também uma gostosa comédia. Aliás, comédias dramáticas estão se tornando a especialidade de Keir Gilchrist que estrelou o longa "Se Enlouquecer, Não Se Apaixone" (It’s Kind of a Funny Story, Focus Features, EUA, 2010) e aqui vive o curioso e cativante Sam.
A rígida rotina de Sam se divide entre casa-escola-casa ou casa-escola-psicólogo-casa. E é justamente durante uma sessão com sua psicóloga Júlia (Amy Okuda) que ele conclui que deveria ter uma namorada. (TAM DAM DAM!!) A dificuldade em compreender os nuances dos relacionamentos humanos é uma das características do Autismo, então decidir ter uma namorada é um grande passo para a vida de Sam.
Ao anunciar seu desejo em um jantar com sua família, Sam pega todos de surpresa principalmente sua mãe que desde o diagnóstico manteve apoio incondicional ao filho e, como toda mãe coruja, fica as voltas com as possibilidades de insucesso dessa empreitada. 
Não podia deixar passar nesse retrato familiar que o adolescente teria uma vida muito mais complicada na escola se não tivesse ao seu lado sua super-irmã mais nova Casey (Brigette Lundy-Paine), linda, inteligente e atleta de destaque da escola. (além de uma barriga negativa de dar inveja!👌)
Nos assuntos do coração, Sam vai contar com os conselhos de sua psicóloga e de seu colega de trabalho beeem sem-noção, Zahid (Nik Dodani), mas ao longo dessa jornada, descobre em seu pai um companheiro que nunca soube como trazer para o seu universo. 
A Netflix tá jogando muito bem com essas séries curtas de oito episódios e com Atypical não foi diferente. Assisti a série em uma sentada e amei tudo, me envolvi com o tema, com os personagens e seus dilemas. É impossível terminar a série sem aprender um pouquinho que seja sobre o Transtorno do Espectro Autista e sem torcer para que Sam encontre sua alma gêmea.
#GoSam #InLove

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