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segunda-feira, 31 de julho de 2017

PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA (War for the Planet of the Apes, EUA, 2017)


Começo esta resenha confessando que nunca vi os filmes originais da franquia, aqueles lá da década de 60/70, embora todos falem muito bem. Há um tempo vi uma tentativa de Tim Burton em refazer, e detestei, minha nossa, que filme ruim. Tempos depois ressurge um “reboot” contanto a origem de tudo e aí sim, que filmão, redondinho, com uma excelente história de origem. Logo depois veio o segundo filme que mostra o confronto entre humanos e macacos, com uma batalha sendo começada por um macaco com espírito de vingança, Koba, contrariando o, compreensivo e cheio de compaixão, Ceasar, líder dos macacos que apenas deseja viver em paz, no seu canto com sua família. E agora chega o terceiro (e último??) filme nos mostrando a guerra entre humanos e macacos e todos os horrores que uma guerra pode trazer, junto com uma motivação fraca e praticamente desnecessária, como toda guerra. Eu gostei e também não gostei do filme, mas não por ser ruim e sim por uma questão de expectativa mesmo, porque acabou que a guerra é mais no nível dominação, tendo poucas cenas de batalha de verdade, com um clímax no final bem fraco, o que não deixa o filme ruim, mas para mim, ficou faltando algo…

O filme, excelentemente, começa com uma mini recapitulação dos dois anteriores, nos situando no exato momento em que tudo desandou. Macacos se escondendo na mata, sendo caçados por humanos, liderados pelo Coronel (Woody Harrelson). Na primeira batalha Ceasar sofre uma perda importante, e acaba tornando a guerra algo pessoal, partindo em busca de vingança, mostrando seu lado mais sombrio, que é estimulado pelo fantasma de Koba, que se torna meio que uma sombra do pacifico Ceasar. Claro que os humanos, os selvagens como sempre, têm uma motivação bem fraca, lutando contra aquilo que não entende, com o eterno medo de serem substituídos por uma raça superior. Porque é mais fácil destruir, do que tentar entender aquilo que nos incomoda de alguma forma. A guerra é travada e os macacos acabam sendo torturados e usados como escravos (uma excelente crítica ao massacre dos índios americanos), numa guerra que não lhes diz respeito. Uma forma de mostrar como funciona a política nos dias atuais, com uma minoria que detém o poder, comandando uma maioria que tem medo de insurgir. Nisso o roteiro do filme é perfeito!!!

Com três atos bem mostrados Planeta dos Macacos: A Guerra funciona muito bem como crítica, mas para mim ficou faltando um toque mais de guerra, algo mais grandioso no final. O filme é bem linear, com muitos diálogos e pouca ação, deixando-o um pouco lento nos seus 140 minutos. Temos um alívio cômico do “Bad Ape” que rende cenas fofas e engraçadas, deixando o clima um pouco mais leve, porque o filme é sombrio e pesado quase todo o tempo e muito escuro, e logicamente que o 3D não ajuda em nada. A Guerra é um bom filme de fechamento, com uma ótima crítica e excelentes efeitos, parecendo que os macacos são reais. E óbvio que não poderia deixar de falar de Andy Serkis que faz um Ceasar espetacular, envelhecido e ambíguo, com momentos de compaixão, momentos de dor e momentos ameaçadores, carregando o filme nas costas, com olhares e expressões faciais perfeitos. Planeta dos Macacos: A Guerra vale a pena ser assistido sim, mas tenha em mente que é um filme de guerra, mas sem muita ação, com muito diálogo, um filme de fechamento. Enfatizo que para mim ficou faltando algo, mas ainda assim é um bom filme.

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