Antes de começar queria dizer que
esta é uma experiência nova para mim, pois é a primeira vez que escrevo sobre
algo que não gostei. Mas essa é somente a minha opinião, e como cada um tem a
sua e aqui a gente respeita todo mundo, resolvi escrever sobre.
Neo Yokio é uma animação de criação
e produção de Ezra Koenig, vocalista da banda nova-iorquina Vampire Weekend, com
colaboração japonesa dos estúdios Production IG e Studio Deen e disponível na
Netflix. Mas o que realmente chama atenção para a produção são as vozes que dão
vida aos principais personagens.
Com traços clássicos, a animação traz
um ar nostálgico dos animes da década de 1990 para uma distopia futurística onde
uma nova aristocracia, os magistocratas, ganharam notoriedade em uma sociedade
pós-guerra. Oriundos de famílias não ricas, porém, dotados de poderes mágicos, os
magistocratas construíram sua riqueza e destaque às custas dos serviços
prestados contra os demônios durante a guerra e hoje gozam de muito prestigio
social.
Tempos de guerra deixados para
trás, conhecemos o jovem magistrocata Kaz Kaan (Jaden Smith), sofrendo as duras
desilusões do amor, ao lado do seu fiel mordomo Charles, dublado por ninguém
menos que Jude Law (!!!!!!). Kaz tem seu breve momento sofrência interrompido
por uma ligação de sua tia Agatha (Susan Sarandon) que o manda cumprir seu
dever para com a sociedade –exorcizar um demônio– e assim continuar desfrutando
das regalias de ser um magistocrata.
Deixei alguns nomes para trás
como, o queridinho Jason Schwartzman, a voz marcante de Frank Vincent, Willow
Smith e Tavi Gevinson que completam o quadro dos personagens centrais da série,
mas olha... poderia ter o Antônio Bandeiras ou o David Attenborough* que eu não
sei se mudaria muita coisa.
Com um roteiro baseado nos
dilemas de combinações de cores e trajes para eventos sociais e na disputa pelo
primeiro lugar de solteiro mais cobiçado da cidade, os vinte e poucos minutos
de episódio sem dúvida são obra do milagre da multiplicação, para os mais céticos, exemplo da relatividade do tempo. É difícil captar
qual o sentido do que está acontecendo na série; não tem começo, meio e fim,
muito menos um enredo que faça sentido, mas tem um Troblerone gigante!!
“Ah, mas você quer uma odisseia épica
em 6 episódios de 25 minutos?”
Claro que não, mas sabemos que é
possível que uma boa narrativa seja contada nesse tempo, haja vista o sucesso
de inúmeras series sul coreanas que seguem essa linha ‘pocket série’ e não
deixam nada a desejar.
Sabemos que existem numerosas
opções na Netflix e eis aqui uma dica do que não assistir! Aos que quiserem
conferir a série, por favor, depois me conte o que acharam! 😊
*Famoso e premiado dublador de documentários da BBC.
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