Primeiramente,
FORA TEMER. Segundamente, POR QUE EU, TONYA NÃO ESTÁ CONCORRENDO AO
OSCAR 2018 DE MELHOR FILME?!?! Desabafo feito, vamos as considerações. Eu,
Tonya é a cinebiografia da ex-patinadora do gelo Tonya Harding, mais
conhecida pelo incidente envolvendo sua concorrente Nancy Kerrigan. Aqui não
temos aquela história lindinha, suave com final feliz, aqui é tudo bruto e
violento.
Filmado em
esquema de entrevista e com diversas quebras da 4ª parede, Eu, Tonya é
irreverente e bem fiel aos acontecimentos de 1994 (vi vários vídeos ao terminar
de assistir ao filme), que inclusive reproduz fielmente figurinos e cenas icônicas
da época.
O longa conta a história de Tonya desde a sua infância, quando sofria abusos de sua mãe que
nunca foi uma pessoa carinhosa e a colocou na patinação aos 4 anos de idade, passando pela adolescência e o casamento abusivo com Jeff, seu primeiro
namorado e suposto mentor da agressão a Nancy.
Tonya nunca
foi leve, graciosa ou requintada. Por causa das suas coreografias nada clássicas, ela nunca
caiu no gosto dos jurados, maaaaas com muito treino foi a primeira mulher a
fazer um "triple axel" e um completo "triple axel"
combinado com loop, tá bom ou quer mais???? Tonya sambou na cara de todo mundo, mas veio o incidente que a baniu de uma vez por todas da patinação no gelo!!! E
como a violência era corriqueira na vida de Tonya, ela se tornou lutadora de
boxe.
Rápido,
sagaz, frenético, Eu, Tonya vai dando saltos no tempo, contando as muitas
versões da mesma história. A trilha sonora é uma personagem a parte, com cada
música se encaixando perfeitamente no momento. Ainda estou aqui me perguntando
por que Eu, Tonya não está concorrendo ao Oscar 2018 de melhor de filme, mas se
serve de consolo Margot Robbie, que interpreta Tonya, concorre a melhor atriz.
Eu, Tonya é uma das melhores biografias que já vi, completamente avessa ao
tradicional e extremamente criativa!! Corre lá que vale a pena demais!!
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