Mais um
filme que normalmente não me chamaria atenção, mas como está indicado ao Oscar
2018 de Melhor Filme, claro que fui conferir. Deixado por último na minha lista
(Lady Bird não conta porque estou esperando as navegadoras desta nave se
juntarem), por achar que seria um dos mais chatos, eis que levei mais tapas na
cara e me vi apreciando cada detalhe desta obra de arte que chamam de filme.
Simplesmente LINDO. Minha torcida ainda é Trama Fantasma pelo final
imprevisível, mas se Me Chame Pelo Seu Nome ganhar a premiação mais importante,
também está super válido.
Itália, 1983
(antes do surto de HIV e antes do moralismo exacerbado americano), Elio e sua
família passam os verões em uma cidadezinha tranquila e sempre recebem convidados.
Neste ano recebem Oliver, estudante de doutorado que veio ajudar na pesquisa do
pai de Elio. Lindo, alto, loiro, Oliver logo chama atenção de todos e todas,
principalmente de Elio que acaba sendo o cicerone do rapaz. Com uma tensão
sexual constante, a relação de Oliver e Elio passa por várias fases, até que
culmina numa paixão avassaladora e belíssima. Sem vulgaridades, sem vilões, sem
tretas, o filme segue leve, lento, arrebatador e com um monologo do pai de Elio
que me faz chorar sempre que lembro (onde encomenda um pai igual ao de
Elio?!?!).
Paisagens
preguiçosas, diálogos arrastados, Me Chame Pelo Seu Nome é um filme de
detalhes, de olhares, de linguagem corporal e não vai agradar a todos, mas
altamente recomendo pela sensibilidade.
Outros bicos podem torcer para o longa por tratar com naturalidade uma
relação homoafetiva (que não tem nada de anormal anyway), pois nada mais é que
uma relação de amor, independente dos gêneros envolvidos. (Já tá na hora de melhorar isso, né sociedade?)
E o que é o ator que interpreta Elio, o mocinho Timothée Chalamet?!?! Nunca o vi, mas, digo logo que está merecidamente
indicado ao Oscar 2018 de Melhor Ator, concorrendo com nomes de peso como
Daniel Day-Lewis (S2) e Gary “fucking” Oldman.
Assistam Me
Chame Pelo Seu Nome de mente aberta porque é um romance lindo, avassalador e
sutil ao mesmo tempo. E ainda digo: se não ganhar o Oscar 2018 de Melhor Filme
é por preconceito da academia. Sem mais!!!!
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