Info Fresquinha

sábado, 3 de março de 2018

ME CHAME PELO SEU NOME (Call me by your name, ITA/FRAN/EUA, 2017)


Mais um filme que normalmente não me chamaria atenção, mas como está indicado ao Oscar 2018 de Melhor Filme, claro que fui conferir. Deixado por último na minha lista (Lady Bird não conta porque estou esperando as navegadoras desta nave se juntarem), por achar que seria um dos mais chatos, eis que levei mais tapas na cara e me vi apreciando cada detalhe desta obra de arte que chamam de filme. Simplesmente LINDO. Minha torcida ainda é Trama Fantasma pelo final imprevisível, mas se Me Chame Pelo Seu Nome ganhar a premiação mais importante, também está super válido.
Itália, 1983 (antes do surto de HIV e antes do moralismo exacerbado americano), Elio e sua família passam os verões em uma cidadezinha tranquila e sempre recebem convidados. Neste ano recebem Oliver, estudante de doutorado que veio ajudar na pesquisa do pai de Elio. Lindo, alto, loiro, Oliver logo chama atenção de todos e todas, principalmente de Elio que acaba sendo o cicerone do rapaz. Com uma tensão sexual constante, a relação de Oliver e Elio passa por várias fases, até que culmina numa paixão avassaladora e belíssima. Sem vulgaridades, sem vilões, sem tretas, o filme segue leve, lento, arrebatador e com um monologo do pai de Elio que me faz chorar sempre que lembro (onde encomenda um pai igual ao de Elio?!?!).
Paisagens preguiçosas, diálogos arrastados, Me Chame Pelo Seu Nome é um filme de detalhes, de olhares, de linguagem corporal e não vai agradar a todos, mas altamente recomendo pela sensibilidade.
Outros bicos podem  torcer para o longa por tratar com naturalidade uma relação homoafetiva (que não tem nada de anormal anyway), pois nada mais é que uma relação de amor, independente dos gêneros envolvidos. (Já tá na hora de melhorar isso, né sociedade?)
E o que é o ator que interpreta Elio, o mocinho Timothée Chalamet?!?! Nunca o vi, mas, digo logo que está merecidamente indicado ao Oscar 2018 de Melhor Ator, concorrendo com nomes de peso como Daniel Day-Lewis (S2) e Gary “fucking” Oldman.
Assistam Me Chame Pelo Seu Nome de mente aberta porque é um romance lindo, avassalador e sutil ao mesmo tempo. E ainda digo: se não ganhar o Oscar 2018 de Melhor Filme é por preconceito da academia. Sem mais!!!!

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